A carne vermelha é um alimento central na cultura brasileira e, ao mesmo tempo, um dos mais debatidos no universo da nutrição. Enquanto muitos a consideram uma fonte essencial de nutrientes, outros a veem com desconfiança, atribuindo a ela diversos riscos à saúde. Para desmistificar essa discussão, apresentamos aqui, de forma clara e objetiva, as verdades científicas por trás dos mitos mais comuns.

Mito 1: A carne vermelha é prejudicial à saúde do coração.
Verdade: O principal risco associado a doenças cardíacas não está na carne vermelha em si, mas sim no tipo de corte e na forma de preparo. Cortes magros de carne vermelha, quando consumidos com moderação e preparados de forma saudável (grelhados, assados), não estão diretamente ligados a um risco maior de doenças cardiovasculares em pessoas saudáveis. A Associação Americana do Coração (American Heart Association) e diversas outras organizações de saúde enfatizam que o problema reside no consumo excessivo de carnes processadas (salsicha, bacon) e cortes muito gordurosos, que são ricos em gordura saturada e sódio.
Mito 2: A carne vermelha é pobre em nutrientes.
Verdade: Pelo contrário, a carne vermelha é uma das fontes mais ricas e biodisponíveis de nutrientes essenciais. Ela é a principal fonte de vitamina B12, crucial para a saúde do sistema nervoso e a produção de glóbulos vermelhos, e que não é encontrada em alimentos de origem vegetal. Além disso, é uma excelente fonte de ferro heme, que é muito mais facilmente absorvido pelo corpo do que o ferro de origem vegetal, sendo fundamental para prevenir a anemia. Um estudo publicado no The American Journal of Clinical Nutrition corrobora que a carne vermelha tem um papel vital na prevenção de deficiências nutricionais.

Mito 3: O consumo de carne vermelha causa câncer.
Verdade: A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a carne vermelha como “provavelmente carcinogênica” quando consumida em excesso, mas é vital entender o contexto. A mesma classificação é dada a trabalhos noturnos e ao café, por exemplo. O que a ciência aponta como fator de risco são as carnes processadas e o consumo excessivo (mais de 500 gramas por semana) de carne vermelha preparada em altas temperaturas, como o churrasco com a carne muito carbonizada, pois isso pode levar à formação de compostos prejudichttps://news.un.org/pt/story/2015/10/1529591iais. Um consumo equilibrado e a escolha por métodos de preparo mais saudáveis, como cozinhar ou assar, anulam grande parte desses riscos.

Mito 4: Toda carne vermelha é igual.
Verdade: A qualidade e o tipo de corte fazem toda a diferença. A carne de um gado criado a pasto, por exemplo, tende a ter um perfil nutricional superior, com maior teor de ácidos graxos ômega-3. Além disso, cortes como o Filé Mignon e o Alcatra são significativamente mais magros do que a Picanha ou a Costela, com menos gordura saturada. A forma como a carne é produzida e o cuidado com a higiene e a procedência também influenciam sua segurança e valor nutricional.
Mito 5: A carne vermelha não é necessária para a construção de músculos.

Verdade: Embora outras proteínas existam, a carne vermelha é uma fonte excepcional de proteínas completas, contendo todos os aminoácidos essenciais necessários para a construção e reparação muscular. Ela também é rica em creatina, um composto que melhora o desempenho físico e a força, e em carnitina, que desempenha um papel na metabolização de gordura. Para atletas e pessoas que praticam exercícios regularmente, a carne vermelha oferece um pacote completo de nutrientes que apoia a recuperação e o crescimento muscular de forma eficiente.
Em resumo, a chave para uma alimentação saudável está no equilíbrio e na qualidade. A carne vermelha, quando proveniente de um açougue de confiança como o Angelina Carnes e consumida com moderação, é uma fonte poderosa de nutrientes essenciais, contribuindo para a saúde e o bem-estar.